“Por natureza, o homem é servo, propriedade de Deus. Por inexprimível bondade, de que jamais poderemos dar-lhe graças excessivas, quis Deus fazê-lo entrar na sua família, adoptá-lo por filho, constituí-lo seu herdeiro presuntivo, preservando-lhe um lugar no seu reino: e, para que esta adopção não fosse uma simples formalidade, comunicou-lhe uma participação da sua vida divina, uma qualidade criada, é certo, mas real, que lhe permitiria gozar na terra das luzes da fé, tão superiores às da razão, e possuir a Deus no céu pela visão beatífica e o amor proporcionado à claridade dessa visão.” (Tanquerey, 1961, p. 33).